Paraná se destaca no mercado internacional com 6 mil toneladas de carne de peru, impulsionando exportações e qualidade.

Paraná se destaca no mercado internacional com 6 mil toneladas de carne de peru, impulsionando exportações e qualidade.

Paraná vendeu 6 mil toneladas de carne de peru para o mercado internacional no 1º semestre

O Paraná se destacou no cenário das exportações de carne de peru no primeiro semestre de 2025, com um desempenho notável ao vender 6.233 toneladas para o mercado internacional. Essa informação foi divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), e reflete um crescimento de 4% em receita, totalizando cerca de US$ 16,63 milhões. Em um contexto onde as exportações brasileiras de carne de peru como um todo enfrentaram um retrocesso, o desempenho do estado é um verdadeiro alívio para o setor, mostrando que, apesar das dificuldades, é possível alcançar resultados positivos.

Desempenho das Exportações: Comparativo entre Estados

A análise do Deral destaca um contraste significativo entre o Paraná e outros estados exportadores. Santa Catarina, tradicionalmente o maior exportador, viu uma redução alarmante de 29,8% no volume de exportações de carne de peru e 15,2% na receita, totalizando US$ 22,63 milhões. O Rio Grande do Sul, em segundo lugar, não ficou atrás e registrou uma queda de 18% em volume, com 22,3% a menos em receita. Este cenário revela um padrão de retração que, apesar da relevância das quantidades exportadas, lança um alerta sobre a sustentabilidade a longo prazo do setor na região sul do Brasil.

Esses dados são reflexo de uma série de fatores que impactam diretamente o mercado, incluindo variações na demanda internacional e condições climáticas que podem afetar a criação de aves. A preocupação central é a perpetuação de um ciclo que sem dúvida exige estratégias de adaptação para que os produtores possam se manter competitivos em um mercado global mais exigente e variável.

O Contexto Nacional das Exportações de Carne de Peru

No contexto mais amplo, as exportações brasileiras de carne de peru caíram 18,8% em volume e 20% em receita cambial no primeiro semestre, totalizando 24 mil toneladas e US$ 59,54 milhões. Este declínio é um indicativo claro de que o país precisa rever suas estratégias de exportação e marketing, além de reforçar a qualidade dos produtos para conquistar mercados mais desafiadores. Os principais destinos das exportações no período foram países como Chile, África do Sul, México, Países Baixos e Guiné Equatorial, sinalizando que, embora a quantidade tenha diminuído, há mercados específicos ainda sedentos pela carne de peru brasileira.

Além disso, o mercado internacional está cada vez mais competitivo, e a fidelização dos clientes exigirá não apenas bom preço, mas também qualidade superior e um serviço ao cliente deslocado. O Paraná, ao se manter estável em suas exportações, pode ser um modelo de resiliência para outros estados enfrentando quedas mais acentuadas.

O Papel do Deral na Análise do Mercado

O Deral, através de suas análises, desempenha um papel vital na formação de políticas públicas e estratégias para o setor de agronegócio no Paraná. O analista Roberto Carlos Andrade e Silva enfatizou que “é notável que, apesar da retração geral, o Paraná conseguiu um resultado positivo em receita”. Essa informação é crucial, pois pode embasar decisões de investimento e posturas proativas entre os empresários do setor, incentivando-os a buscar inovações e métodos de produção que possam impactar positivamente a qualidade e a competitividade do produto.

A presença do Deral também serve para informar os produtores sobre as nuances do mercado, ajudando-os a tomar decisões mais informadas. O conhecimento a respeito dos preços internacionais e da demanda emergente é considerado um diferencial para garantir que os produtos paranaenses se mantenham relevantes a nível global.

Outros Destaques do Boletim do Deral

  • Bovinos: O setor de carne bovina, conforme registrado no boletim, mantém a expectativa de que pode negociar a tarifa extra de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos, que entrou em vigor em 6 de agosto. Com a alta demanda da população americana e um aumento significativo nos preços da carne bovina em seu mercado, essa pode ser uma oportunidade para o Brasil. O preço atual da arroba do boi, alcançando R$ 301,00, é um indicativo de otimismo para o setor.
  • Suínos: Na área de suínos, a campanha de atualização de rebanho realizada pela Adapar, entre maio e junho, alcançou 98,88% da população suína no Paraná. Este número supera o do ano anterior, que foi de 98,71%. Tal desempenho evidencia o setor suíno como o líder em atualização de rebanho, seguido pelos bovinos (97,37%), búfalos (95,23%), asininos (94,69%), equinos (92,33%), ovinos (92,13%) e caprinos (90,57%). Esse advento é importante, pois reflete o comprometimento dos produtores em manter atuais as condições sanitárias e produtivas de seu rebanho, essencial em um contexto onde a qualidade é cada vez mais exigida pelo mercado.

Impactos e Oportunidades no Mercado Internacional

A atuação do Paraná nas exportações de carne de peru evidencia a importância de adaptação e resiliência em um mercado volátil. Mesmo com a diminuição das exportações em geral, o aumento na receita é um indicativo de que, ao focar na qualidade e na escolha dos mercados, é possível ainda obter retornos satisfatórios. Essa experiência poderia ser replicada em outros setores da agroindústria, onde a busca por mercados específicos e o controle rigoroso da qualidade do produto podem oferecer um caminho para o sucesso.

Outro ponto a se considerar são as oportunidades emergentes de comercialização. Com as mudanças climáticas e os novos hábitos alimentares que surgem no pós-pandemia, o Brasil pode aproveitar a crescente demanda por proteínas alternativas e saudáveis. Investir em marketing eficiente e branding pode mudar o jogo, permitindo que produtos brasileiros encontrem espaço em novos mercados.

As Perspectivas Futuras para o Setor

As expectativas para o setor agropecuário no Paraná são, de certa forma, otimistas, embora condicionadas à adaptação contínua às exigências de um mercado global em evolução. A diversificação das linhas de produtos e a implementação de técnicas sustentáveis de produção podem garantir que o estado mantenha sua posição de destaque em relação às exportações. O fortalecimento das relações comerciais com os principais mercados consumidores e o entendimento das dinâmicas locais serão fundamentais para a sustentação do crescimento.

Além disso, a integração de tecnologias emergentes, como a automação e inteligência artificial, pode melhorar a eficiência dos processos produtivos e a gestão de rebanhos, abrindo ainda mais portas para as exportações. O setor deve se preocupar em se preparar para as tendências futuras e oferecer produtos que atendam às novas demandas de trabalho e consumo.





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Última atualização em 15 de agosto de 2025

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