TBG alerta para riscos de atrasos na revisão tarifária e pede soluções para impulsionar investimentos no setor.

TBG alerta para riscos de atrasos na revisão tarifária e pede soluções para impulsionar investimentos no setor.

Impactos do Atraso na Revisão Tarifária das Transportadoras de Gás Natural

A situação atual da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) é crítica, conforme declarado pela presidente Angélica Laureano. A empresa está preocupada com o atraso na revisão tarifária das transportadoras de gás natural, processo conduzido pela ANP. A expectativa inicial era de conclusão em setembro, porém, novos rumores apontam para prazos que podem se estender até outubro ou novembro. Essa indefinição traz sérios impactos não apenas à saúde financeira da TBG, mas também aos seus investimentos e expansão no setor.

A TBG, que já enfrenta um ciclo tarifário que vencerá em 2024, está vendo uma queda nos seus resultados. Como destacou Angélica, essa situação é alarmante e requer atenção imediata. A revisão tarifária é um processo vital, que define os valores a serem cobrados pelas transportadoras e, consequentemente, influencia diretamente os preços finais do gás para os consumidores. Sem essa atualização, os planos da empresa devem ser fortemente comprometidos.

A Necessidade do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC)

Um dos principais entraves que impede a TBG de avançar com seus projetos de expansão é a definição do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). Este índice é crucial para viabilizar investimentos, pois reflete o retorno esperado pelos investidores e é fundamental para calcular a viabilidade econômica de novos projetos. Angélica ressaltou que essa definição é urgente, pois impacta não só a TBG, mas todo o setor que depende da infraestrutura de gás natural.

Com o WACC definido, a TBG poderia dar o primeiro passo para a realização de um projeto ambicioso: a interligação com a malha da NTS, que visa trazer gás do pré-sal para o Sul do Brasil. Angélica expressou descontentamento com a demora, afirmando que “esse timing era ontem”, evidenciando a necessidade de um funcionamento mais ágil por parte da ANP e das entidades reguladoras involvidas.

Novas Fontes e Rota: O Futuro do Biometano

Uma das soluções que estão sendo exploradas pela TBG para diversificar sua matriz de suprimentos é a injeção de biometano no sistema de gasodutos. A empresa está em estágios de planejamento para criar um hub no Noroeste de São Paulo, capaz de gerar até 3 milhões de m³/dia. Este volume é significativamente maior do que a demanda local, que é de aproximadamente 700 mil m³/dia.

O biometano se destaca como uma alternativa sustentável às fontes fósseis, contribuindo para a redução de emissões de carbono. No entanto, para que essa iniciativa se torne realidade, a TBG está trabalhando em parceria com a ANP para a criação de tarifas que viabilizem essa operação. O sucesso desta empreitada poderá não apenas ampliar a oferta de gás, mas também garantir um desenvolvimento mais sustentável para o setor.

Desafios no Setor de Transporte de Gás Natural

A indústria de transporte de gás natural no Brasil enfrenta diversos desafios, além do atraso na revisão tarifária. O aumento da concorrência com o gás natural importado e as pressões para a transição energética são apenas algumas das questões que precisam ser enfrentadas. A TBG, por sua vez, está criando um portfólio diversificado de investimentos para reduzir riscos e promover um crescimento sustentável em meio a esse cenário de incertezas.

Além disso, a necessidade de se adaptar a novas regulamentações e padrões de sustentabilidade se torna cada vez mais urgente. O atraso na revisão tarifária pode ser visto como um sintoma de um sistema que ainda precisa se modernizar para atender a estas demandas emergentes. A incerteza regulatória continua sendo um dos principais obstáculos para a realização de novos investimentos no setor.

A Importância da Inovação e Comércio Regional

Com o objetivo de assegurar um suprimento confiável de gás natural, a TBG busca também fortalecer suas relações comerciais com operadores de gás argentino e outras fontes na América do Sul. A integração regional é uma estratégia que visa não apenas aumentar a oferta disponível, mas também oferecer preços mais competitivos aos consumidores finais.

Os avanços na infraestrutura gasodutina e a colaboração entre países podem oferecer uma solução mais dinâmica para os problemas de abastecimento enfrentados pelo Brasil. Iniciativas como a criação de interconexões e hubs regionais são essenciais para viabilizar esse comércio e garantir a competitividade do gás natural no mercado nacional.

Perspectivas Futuras para a TBG e o Setor de Gás Natural

Embora a TBG enfrente desafios significativos nas atuais circunstâncias, há um futuro promissor em tela, caso as questões regulatórias e tarifárias sejam resolvidas de forma eficaz. O potencial de crescimento no setor é substancial, uma vez que a demanda por gás natural continua a aumentar, especialmente com a crescente transição energética. O enfoque em alternativas sustentáveis, como o biometano, será um diferencial competitivo importante.

Os próximos meses serão cruciais para determinar não apenas o futuro da TBG, mas também o panorama completo do setor de gás natural brasileiro. Com a busca pela definição do WACC e a aprovação das novas tarifas, a organização poderá retomar seus planos de expansão e contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico e energético do país.




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Última atualização em 17 de maio de 2025

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