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Num cenário marcado pela volatilidade dos preços das resinas termoplásticas, os produtores de polietileno (PE), polipropileno (PP) e poliestireno (PS) estão se preparando para o que pode ser um aumento contínuo nos preços antes do final do ano. Enquanto isso, os fornecedores de cloreto de polivinila (PVC) estão esperançosos de que os preços tenham atingido seu ponto mais baixo. No entanto, para as resinas de engenharia, a situação é diferente, com a escassez de suprimentos permitindo aumentos de preços de dois dígitos.
Nos próximos parágrafos, vamos explorar como diferentes segmentos do mercado de termoplásticos estão se comportando e quais podem ser as implicações para os consumidores e fabricantes.
Aumentos desafiando a suavidade do PE
Os preços do polietileno estão em queda, mas os fornecedores ainda tentam pressionar por dois aumentos sucessivos até o final do ano. Após uma queda de 1¢/lb em setembro e 3¢ em agosto, os preços do PE estão 3-5¢ mais baixos do que no início do ano, com as categorias de filmes sendo as mais afetadas. Apesar disso, duas elevações de preços de 3¢/lb estão em andamento, a primeira efetiva nominalmente em setembro, com impactos reais esperados apenas em dezembro.
Esses aumentos são apoiados por todos os principais fornecedores, e a gigante DuPont Packaging & Industrial Polymers anunciou uma elevação média de 8¢/lb para copolímeros de etileno e poliolefinas a partir de 1º de novembro. Isso inclui resinas adesivas Bynel, modificadores de resina Elvaloy e Fusabond, e outros tipos de resinas que são essenciais no setor de embalagens e produtos industriais.
Aumento de preço do PP
O preço da resina de polipropileno estabilizou-se na maior parte de outubro, após uma leve queda de 1 a 2¢/lb em setembro. No entanto, todos os principais fornecedores anunciaram aumentos entre 2 e 3¢/lb com a data de 1º de novembro. Entre os fatores que contribuem para isso estão os preços do monômero de propileno, que devem aumentar significativamente.
Apesar do crescimento da demanda de 5 a 6%, que não é tão robusta quanto os números de dígitos duplos do ano passado, uma nova capacidade de PP está se aproximando, o que pode pressionar os preços para baixo no futuro. A Dow, por exemplo, planeja lançar 550 milhões de libras até o final de 2000, o que terá forte impacto nas dinâmicas de preços do mercado.
O PVC continua em declínio
Os produtores de PVC relataram uma queda nos preços em outubro, finalizando o mês com uma redução de 1 a 1,5¢/lb. Durante o período de setembro a outubro, os preços efetivamente caíram de 2,5¢ a 3¢. A luta contra a psicologia do mercado é evidenciada pelas cartas de “estabilização de preços” circuladas por pelo menos uma firma de resinas, que pediam para os processadores não esperarem novas quedas enquanto os preços das matérias-primas permanecem elevados.
Enquanto isso, a oferta de PVC tem aumentado, com uma nova planta de 550 milhões de libras/ano que será inaugurada pela Shintech em dezembro. Isso pode gerar um aumento na produção em massa, o que poderia ajudar a estabilizar os preços a longo prazo, mesmo que os pedidos de tubos e revestimentos ainda estejam muito abaixo dos níveis do último ano.
Aumento dos preços do PS
Nesta mesma linha, a Nova, a Dow e a BASF anunciaram aumentos de 5¢/lb para poliestireno a partir de 1º de novembro. Por outro lado, a Atofina anunciou um aumento de 2¢/lb para a mesma data, o que deixa os planos de aumento de preço da Chevron Phillips em dúvida, dada a sua falta de movimento até meados de outubro.
Os fatores que influenciam esses aumentos são claros: enquanto as empresas integradas de PS, como a Nova, relatam lucro com o monômero de styrene, os lucros com o polímero têm sido desafiadores devido à demanda lenta observada de junho a outubro. Isso só reforça a incerteza que paira sobre o mercado, uma vez que a demanda por poliestireno não é tão robusta quanto se espera.
Nylon, acetal, PBT, PET em foco
Um movimento abrangente está sendo feito para aumentar os preços de termoplásticos de engenharia. A escassez contínua de suprimentos e os custos crescentes das matérias-primas têm sido fundamentais nas aumentos recentes. Por exemplo, a Dow informou um aumento de 12¢/lb para nylon 66 e co-polímeros a partir de 15 de outubro, enquanto a Ticona fez o mesmo no dia seguinte.
Assim como a DuPont, que planejou um aumento semelhante a partir de 1º de novembro, a Rhodia Engineering Plastics também anunciou um ajuste de 8¢/lb para várias de suas resinas. As empresas estão se ajustando à demanda crescente por plásticos de engenharia e buscando meios de recuperar a margem em um mercado volátil.
Razões e Implicações para o Setor
A situação atual nos mercados de termoplásticos é marcada por uma luta constante entre a capacidade de oferta e a demanda. A capacidade de produção de resinas deve continuar a ser um fator crítico nos próximos meses, enquanto os fabricantes se adaptam às mudanças nas condições de mercado. Cada aumento de preço anunciado não apenas reflete a dinâmica do setor, mas também sugere que os consumidores precisarão se adaptar a novos preços e potencial escassez de produtos.
As empresas que operam nesses setores são desafiadas a implementar estratégias eficazes de gestão de suprimentos e contratos a longo prazo para mitigar os impactos das flutuações de preço, além de melhorar sua eficiência operacional e aumentar a inovação em produtos para se destacar no mercado.
Futuras Perspectivas
Conforme o ano se aproxima do fim, as expectativas para 2025 são de um mercado desafiador. A pressão sobre os preços das resinas e a incerteza sobre a capacidade de oferta vão continuar a influenciar o cenário competitivo. As empresas que conseguirem se adaptar rapidamente e inovar terão melhores chances de garantir sua posição no mercado, enquanto outras poderão enfrentar dificuldades ante a volatilidade.
Além disso, a atenção das indústrias e dos consumidores irá se concentrar em como estas dinâmicas de preços afetarão a sustentabilidade e as práticas de negócios a longo prazo. A busca por alternativas e métodos de produção mais sustentáveis será uma prioridade crescente no setor, definindo a trajetória do mercado de termoplásticos na próxima década.
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Última atualização em 14 de maio de 2025
