Estiagem já mostra seus sinais nos pastos do Nordeste brasileiro. Segundo a jornalista Luíza Cardoso, no quadro “Giro do Tempo” do programa Giro do Boi, a redução das chuvas nas últimas semanas já afeta regiões como o norte da Bahia, o sertão pernambucano, a Paraíba e o sul do Piauí, onde o solo começa a dar claros indícios de seca. Assista ao vídeo abaixo.
Os mapas de disponibilidade de água no solo mostram essas áreas em tons de marrom e amarelo, o que significa que os pastos estão cada vez mais secos e exigem atenção redobrada do produtor rural. Sem chuvas regulares, o capim perde qualidade e o gado sofre com menor oferta de alimento.
Pastagens do Norte ainda seguem beneficiadas pelas chuvas
Enquanto o Nordeste enfrenta os primeiros reflexos da estiagem, a zona de convergência intertropical segue atuando no Norte do País. Isso garante a chegada de volumes expressivos de chuva, como os 59 mm esperados para Porto Velho (RO) nos próximos dias. A combinação de chuva e calor mantém o solo bem abastecido e favorece o desenvolvimento das pastagens na região.
No entanto, o cenário positivo do Norte não se repete em áreas como o sul de Rondônia, que ainda precisa de mais umidade para recuperar o solo. Já no interior paulista, também há pontos que começam a apresentar redução de umidade.
Previsão não indica alívio para o Matopiba
Para os próximos 10 dias, as previsões continuam desfavoráveis para o Matopiba, sigla que reúne Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O mesmo vale para regiões do sul do Pará, norte de Minas, Triângulo Mineiro, Goiás e partes do Mato Grosso. Nessas áreas, a falta de chuva combinada com altas temperaturas no período da tarde acelera o processo de ressecamento dos pastos.
Esse padrão de bloqueio atmosférico impede o avanço de frentes frias ou sistemas que possam levar alívio hídrico. A tendência é que o solo siga cada vez mais seco até o fim de maio, principalmente em áreas com solo raso ou baixa capacidade de retenção de água.
Frio no Sul: temperaturas mais baixas afetam conforto animal
Além da seca, as temperaturas mínimas no Sul também exigem atenção dos pecuaristas. A passagem de uma frente fria deixou uma massa de ar polar sobre a região, o que faz com que as manhãs sejam mais frias até pelo menos quarta-feira, 15 de maio. Essa condição climática, se combinada com umidade do solo ou vento intenso, pode impactar o bem-estar dos animais, especialmente os mais jovens ou em fase de terminação.
A tendência, no entanto, é de aquecimento gradual após a metade da semana, com alerta para uma nova onda de frio no fim do mês. O cuidado com o manejo das pastagens e a alimentação dos animais se torna ainda mais crucial neste cenário de incerteza climática.
Produtor deve se antecipar à seca com planejamento forrageiro
Diante desse cenário, o produtor rural deve agir com antecedência, adotando estratégias de ajuste de lotação, uso de suplementos, vedação de pastagens e até mesmo o plantio de forrageiras adaptadas à seca. O monitoramento constante do clima e da umidade do solo é essencial para evitar prejuízos na produção de arrobas.
A estiagem de 2024 já começa a mostrar sua força, e quem se prepara, sai na frente. As práticas de gestão forrageira adequadas podem fazer a diferença entre uma produção que enfrente a estiagem com resiliência ou uma que sucumba às adversidades climáticas.
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Última atualização em 13 de maio de 2025