Petrobras anunciou na semana passada (13) que já iniciou a montagem de um novo supercomputador – o Pégaso – visando aprimorar técnicas de processamento de dados geofísicos e geológicos em novos prospectos. A máquina supera em capacidade seus dois antecessores, o Dragon e o Atlas, até então considerados os dois maiores supercomputadores da América Latina.
Com potencial de processamento “equivalente à soma de seis milhões de celulares ou 150 mil laptops modernos”, diz o comunicado, a Pegasus vai aumentar a capacidade operacional da empresa de 42 para 63 Petaflops. Peta é igual a 10 elevado a 15, ou seja, 10 com quinze zeros. Flops (Floating-point Operations Per Second) é uma unidade de medida computacional.
No mundo da computação de alto desempenho (HPC), quanto mais Petaflops, maior o poder de processamento. O Dragon tem capacidade para 14 Petaflops e o Atlas, 8,9. O novo Pegaso, com seus 21 Petaflops, oferecerá 678 terabytes de RAM e rede de 400 gbps, além das GPUs de 2016.
O que a Pegaso fará na Petrobras?
Fonte: Petrobras/Divulgação.Fonte: Petrobrás
Para a Petrobras, o objetivo de investir em HPC é poder gerar imagens cada vez mais nítidas do subsolo de áreas previamente mapeadas para exploração de petróleo e gás natural, acelerando o tempo de processamento dessas informações. Isso significa otimização de produçãomaior recuperação das reservas atuais e maximização dos projetos exploratórios em andamento.
Para se ter uma ideia da extensão de Pégaso, basta dizer que Foram necessários 32 caminhões para transportar as 30 toneladas de componentes até o local em Vargem Grande, no Rio de Janeiro. Quando todos os racks estiverem montados, eles formarão uma fileira que chegará a 35 metros de comprimento. O processo de montagem deve ocorrer em três meses, e a operação plena da máquina terá início, segundo as previsões, em dezembro.
Segundo a Petrobras, “o Pegaso foi projetado e será implantado considerando o critério de eficiência energética”.
Última atualização em 6 de agosto de 2022